Irã convoca embaixador italiano para reclamar de 'ingerências'

Irã convoca embaixador italiano para reclamar de 'ingerências' Confira!

Irã convoca embaixador italiano para reclamar de ‘ingerências’

Governo de Roma vem criticando execuções e repressão aos civis

Irã convoca embaixador italiano para reclamar de ‘ingerências’
Imagem: Reprodução | Divulgação



O Ministério das Relações Exteriores do Irã convocou nesta quinta-feira (29) o embaixador italiano em Teerã, Giuseppe Perrone, para fazer “um forte protesto pelos atos e observações de alguns funcionários italianos que continuam a intervir em assuntos internos”.

    “As políticas seletivas e duplas nas relações sobre os direitos humanos são inaceitáveis e rejeitadas pela República Islâmica. É a outra parte que danificou os interesses da nação iraniana e violou seus direitos com a imposição de sanções ilegais”, diz a nota do governo repercutida pela agência de notícias estatal Irna.

    O comunicado ainda afirma que “as tomadas de posições negativas e irracionais de alguns funcionários italianos não são compatíveis com a história das relações entre as duas nações” e que Perrone “se comprometeu a transmitir os protestos do Irã ao seu governo o mais rápido possível”.

    O anúncio ocorre um dia depois de Roma convocar o embaixador do Irã em Roma, Mohammad Reza Sabouri, para cobrar o fim das execuções de civis e a repressão nos protestos que pedem por mais liberdade para as mulheres após a morte da jovem Mahsa Amini, 22 anos, em setembro. A iraniana faleceu sob custódia da chamada polícia da moral e dos bons costumes após ser presa por usar o véu islâmico de maneira incorreta.

    Além disso, o presidente italiano, Sergio Mattarella, a premiê Giorgia Meloni, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, fizeram críticas públicas contra o governo iraniano pelas atitudes tomadas contra a população civil.

    Nesta quinta, Meloni afirmou em coletiva de imprensa, inclusive, que Roma poderá mudar de postura se a repressão de Teerã contra os manifestantes continuar. “O que ocorre no Irã é inaceitável e não pretendemos tolerar mais”, acrescentou a primeira-ministra.

    Desde setembro, segundo dados da própria ONU, mais de 14 mil pessoas foram detidas e várias já foram condenadas à morte por participar dos protestos – ONGs falam entre 13 e 100 cidadãos nessa situação. Além disso, ativistas dos direitos humanos informam que há mais de 500 mortes nas manifestações. .

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