Pelé não resiste e morre aos 82 anos em decorrência de câncer do cólon

Pelé não resiste e morre aos 82 anos em decorrência de câncer do cólon Confira!

Pelé não resiste e morre aos 82 anos em decorrência de câncer do cólon

A notícia que ninguém quer dar: Pelé morreu nesta quinta-feira (29). O rei do futebol não resistiu ao câncer de cólon que vinha tratando desde 2021. A confirmação foi confirmada pelo hospital Albert Einstein, onde o ídolo brasileiro estava internado

Pelé não resiste e morre aos 82 anos em decorrência de câncer do cólon
Imagem: Reprodução | Divulgação



O esporte está de luto. O maior jogador de futebol do mundo está morto. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, faleceu nesta quinta-feira (29), em São Paulo, aos 82 anos. Em nota do Hospital Albert Einstein, o ex-jogador faleceu em decorrência da falência múltipla de órgãos, resultados da progressão do câncer de cólon. A doença foi descoberta após exames de rotina. Na ocasião, o ex-atleta foi submetido a uma cirurgia para a retirada de uma lesão encontrada no cólon direito. Mais tarde, passou a fazer quimioterapia.

O eterno camisa 10 enfrentou ainda diversas internações nos últimos meses para o tratamento do câncer. A última havia sido no mês passado, quando deu entrada no hospital Albert Einstein, na capital paulista, no dia 29 de novembro. De acordo com boletim médico à época, a chegada ao hospital se deu para a “reavaliação do tratamento quimioterápico do tumor de colón”.

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Kely Nascimento, filha de Pelé, se despediu do pai com uma publicação no Instagram. “Tudo que nos somos é graças a você. Te amamos infinitamente. Descanse em paz”, escreveu a empresária.

Pelé chegou a se pronunciar nas redes sociais sobre a internação, agradeceu às homenagens que recebeu durante os jogos da Copa do Mundo do Catar e procurou ainda tranquilizar os fãs. “Amigos, eu estou no hospital fazendo minha visita mensal. É sempre bom receber mensagens positivas como essa. Obrigado ao Catar por essa homenagem, e a todos que me enviam boas energias!”, escreveu o ex-jogador.

O maior jogo de sua vida, no entanto, começou a virar a favor do cruel adversário. No dia 3 de dezembro, o boletim médico informou que Pelé não respondia mais ao tratamento. Com metástases no intestino, no pulmão e no fígado, entrou em cuidados paliativos, indicados a todos os pacientes que sofrem de doenças potencialmente mortais.

O Rei do Futebol nasceu na cidade de Três Corações, em Minas Gerais, no dia 23 de outubro de 1940. Quando Pelé tinha quatro anos, a família se mudou para o interior de São Paulo e se estabeleceu na cidade de Bauru. Nessa época, o jovem Edson era conhecido pelo apelido de Dico. E já encantava com a bola no pé em jogos na rua e nos pequenos campos da região. “Eu sonhava em jogar como meu pai”, disse em declaração ao site do Santos — clube que o imortalizou.

Ainda em Bauru, Dico atuou em equipes amadoras, onde ganhou o apelido que percorreu o planeta. Mais tarde, em 1956, Pelé chegou ao clube que o revelaria para o mundo. Edson Arantes foi descoberto aos 11 anos pelo ex-jogador Waldemar de Brito. Foi por suas mãos que Pelé atuou no Clube Atlético de Bauru e foi ele também que, mais tarde, apresentou aquele menino ao Santos.

Aos 15 anos, Pelé chegou ao Santos, onde a ascensão foi meteórica. Consolidou-se como titular já no ano seguinte, em 1957, e permaneceu no Peixe até 1974, período em que conquistou dez títulos do Campeonato Paulista, seis da Taça de Prata, reconhecida mais tarde como Campeonato Brasileiro, dois da Copa Libertadores e dois do Mundial de Clubes, entre outros.

O sucesso do ainda menino no Alvinegro Praiano lhe rendeu a convocação para a Copa de 1958, e o resultado foi melhor do que se poderia imaginar na época. O camisa 10 balançou as redes seis vezes, todas no mata-mata, incluindo dois gols na final – um deles antológico. Assim, ajudou o Brasil a conquistar o título inédito com a vitória sobre a anfitriã Suécia por 5 a 2 na decisão.

Em 1962, uma lesão impediu que tivesse o protagonismo esperado, mas mesmo assim pôde ajudar a seleção a se sagrar bicampeã no Chile. Após uma atuação apagada – como de toda a equipe – e a queda na fase de grupos em 1966, na Inglaterra, veio o ápice em 1970 com o tri mundial no México, naquele que é apontado por muitos como o maior time de futebol de todos os tempos. Desde então, o Rei é o único a ter conquistado três títulos de Copa como jogador.

Entre tantos gols, um em especial ajudou a estabelecer a monarquia de Pelé. Em 19 de novembro de 1969, no melhor palco possível para o feito, o Maracanã, o camisa 10 converteu cobrança de pênalti contra o goleiro Andrada, do Vasco, e marcou o milésimo tento. O feito em si já era histórico, e o Rei o tornou único ao discursar para os jornalistas, que sequer esperaram a partida acabar e invadiram o gramado logo depois que a bola balançou a rede vascaína.

“Não quero festas para mim. Acreditem que para mim é muito mais importante ajudar as criancinhas pobres, os necessitados. Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas”, pediu um craque engajado.

O ato derradeiro da carreira como profissional aconteceu nos Estados Unidos, de 1975 a 1977, pelo estrelado New York Cosmos, equipe que contou também com Carlos Alberto Torres e Franz Beckenbauer. No último ano com o Rei, a equipe conquistou o troféu da North American Soccer League.

A vida de Pelé também foi marcada por polêmicas envolvendo sua família, como o caso do filho Edinho. O futebolista se ressentia publicamente da escolha do filho pela posição de goleiro, mas vibrou com a campanha que culminou com o vice-campeonato brasileiro pelo Santos em 1995. Depois da aposentadoria, o descendente do Rei foi preso por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, apesar de ter deixado a prisão em 2019 ao progredir para o regime aberto. Edinho, hoje, é técnico do Londrina, time paranaense da Série B do Brasileirão.

Por outro lado, o Atleta do Século também emprestou o nome a diversas causas sociais, incluindo a nomeação como embaixador da Boa Vontade da Unesco, embaixador da ONU de ecologia e meio ambiente e embaixador do futebol, entre outras. Pelé também fez parte de transmissões como comentarista esportivo, com destaque para o abraço em Galvão Bueno enquanto o narrador gritava “É tetra!” após o título da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, e a faceta artística.

No entanto, os últimos anos de vida foram de luta contra uma série de problemas de saúde. Encarou ainda crises renais, causadas em parte pelo fato de ter retirado um dos rins quando ainda era atleta, hiperplasia da próstata, e uma cirurgia de coluna, entre outros problemas de saúde. Em setembro do ano passado, em exames de rotina, descobriu um tumor no cólon direito. O problema se agravou nas últimas semanas e provocou a morte do maior jogador de todos os tempos.

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